domingo, 2 de dezembro de 2012

Salvador pode ficar sem queima de fogos na Barra

Bahia: O Secretário de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, adiantou, em entrevista à reportagem de A TARDE, neste sábado, 1º, que o Governo Estadual não deixará que Salvador fique sem a sua tradicional festa de Réveillon.
"O Governador já está vendo se mobiliza patrocínio privado e se assume uma parte maior do orçamento da festa. A cidade não ficará sem reveillon", garantiu Leonelli.
A mobilização da administração estadual se iniciou depois da revelação, na última sexta-feira, 30, de que a Prefeitura de Salvador, endividada, não teria dinheiro para bancar a festa de fim de ano da capital baiana.

Com orçamento anual em torno de R$1,5 milhão, o Réveillon de Salvador é marcado por shows musicais e por queimas de fogos na Barra, na Boa Viagem, no Jardim de Alah e em algumas ilhas.
Desta vez, porém, uma vez que a administração municipal está com os recursos financeiros esgotados sobretudo para quitar as suas atuais pendências orçamentárias, a comemoração poderá se resumir somente à Barra, onde até mesmo o show de piroctecnia poderá ter exibição menor.
"O orçamento da festa poderá ser reduzido. Podemos reduzir um pouco o tempo de fogos e tentar, por outro lado, obter um patrocínio privado", finaliza.
Já Jonga Cunha, presidente da Empresa de Turismo S.A. (Saltur), orgão municipal responsável pela festa, viajou em busca de patrocínios e deverá fazer um pronunciamento na próxima segunda-feira, 3.

A prefeitura corre atrás:
O presidente da Empresa de Turismo S.A. (Saltur), Jonga Cunha, viajou, nesta sexta-feira, 30, à tarde, para tentar captar patrocínios para garantir o Réveillon na cidade. Conforme A TARDE adiantou ontem, a festa, orçada em R$ 1,5 milhão, pode não ocorrer por falta de verbas da prefeitura.
A assessoria de comunicação da Saltur não informou o destino do gestor nem quais os investidores que poderiam bancar as despesas. A prefeitura também pediu apoio ao Estado. Segundo a assessoria, Jonga Cunha se pronunciará na próxima segunda-feira.
O titular da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), Domingos Leonelli, respondeu que a situação será analisada junto ao governo que, segundo ele, já tem os próprios compromissos financeiros.

Surpresa - "Nós sempre participamos com recursos. Mas a notícia de que a prefeitura não irá fazer nada é uma surpresa que me deixa estupefato", surpreendeu-se Leonelli, ao reiterar que, ao município, cabe a questão estrutural da festa: fogos e som.
Morador da Barra há 30 anos, o economista aposentado Guilherme Moura, 68, comemora a possibilidade de não haver festa: "Tudo quanto é evento acontece aqui. Isso altera a rotina dos moradores, que não têm o direito de ir e vir preservado".
Por outro lado, a estudante de administração Suzana França, 23, moradora do Imbuí, não gosta da ideia de ficar sem a festa gratuita. "Não temos nenhuma outra opção barata na cidade", opinou.

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