Bahia: O Secretário de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, adiantou, em
entrevista à reportagem de A TARDE, neste sábado, 1º, que o Governo
Estadual não deixará que Salvador fique sem a sua tradicional festa de
Réveillon.
"O Governador já está vendo se mobiliza patrocínio privado e se assume
uma parte maior do orçamento da festa. A cidade não ficará sem
reveillon", garantiu Leonelli.
A mobilização da administração estadual se iniciou depois da revelação,
na última sexta-feira, 30, de que a Prefeitura de Salvador, endividada,
não teria dinheiro para bancar a festa de fim de ano da capital baiana.
Com orçamento anual em torno de R$1,5 milhão, o Réveillon de Salvador é
marcado por shows musicais e por queimas de fogos na Barra, na Boa
Viagem, no Jardim de Alah e em algumas ilhas.
Desta vez, porém, uma vez que a administração municipal está com os
recursos financeiros esgotados sobretudo para quitar as suas atuais
pendências orçamentárias, a comemoração poderá se resumir somente à
Barra, onde até mesmo o show de piroctecnia poderá ter exibição menor.
"O orçamento da festa poderá ser reduzido. Podemos reduzir um pouco o
tempo de fogos e tentar, por outro lado, obter um patrocínio privado",
finaliza.
Já Jonga Cunha, presidente da Empresa de Turismo S.A. (Saltur), orgão
municipal responsável pela festa, viajou em busca de patrocínios e
deverá fazer um pronunciamento na próxima segunda-feira, 3.
A prefeitura corre atrás:
O presidente da Empresa de Turismo S.A. (Saltur), Jonga Cunha, viajou,
nesta sexta-feira, 30, à tarde, para tentar captar patrocínios para
garantir o Réveillon na cidade. Conforme A TARDE adiantou ontem, a
festa, orçada em R$ 1,5 milhão, pode não ocorrer por falta de verbas da
prefeitura.
A assessoria de comunicação da Saltur não informou o destino do gestor
nem quais os investidores que poderiam bancar as despesas. A prefeitura
também pediu apoio ao Estado. Segundo a assessoria, Jonga Cunha se
pronunciará na próxima segunda-feira.
O titular da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), Domingos Leonelli,
respondeu que a situação será analisada junto ao governo que, segundo
ele, já tem os próprios compromissos financeiros.
Surpresa - "Nós sempre participamos com recursos. Mas a
notícia de que a prefeitura não irá fazer nada é uma surpresa que me
deixa estupefato", surpreendeu-se Leonelli, ao reiterar que, ao
município, cabe a questão estrutural da festa: fogos e som.
Morador da Barra há 30 anos, o economista aposentado Guilherme Moura,
68, comemora a possibilidade de não haver festa: "Tudo quanto é evento
acontece aqui. Isso altera a rotina dos moradores, que não têm o direito
de ir e vir preservado".
Por outro lado, a estudante de administração Suzana França, 23,
moradora do Imbuí, não gosta da ideia de ficar sem a festa gratuita.
"Não temos nenhuma outra opção barata na cidade", opinou.
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